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domingo, 25 de novembro de 2012

Plantas do Cerrado




Planta do cerrado captura e digere vermes embaixo do solo

Pesquisadores concluíram que Philcoxia minensis é uma espécie carnívora

por Kátia Arima
Uma planta do cerrado, a Philcoxia minesis é capaz de capturar e digerir vermes, segundo um estudo publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
P. minensis tem folhas subterrâneas que soltam um líquido pegajoso que é uma armadilha para os vermes.Para certificar-se de que a P. minesis era mesmo carnívora, os cientistas testaram se ela poderia digerir e absorver nutrientes dos vermes (nemátodos). Foram oferecidos às plantas vermes com nitrogênio-15, que tem um neutron a mais que o comum nitrogênio-14, isto é, é mais pesado. As análises químicas posteriores provaram que as folhas tinham uma quantidade significativa de nitrogênio-15.
O estudo publicado no PNAS teve a participação de um pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Rafael Silva Oliveira, que trabalhou com cientistas de instituições nos Estados Unidos e na Austrália.Segundo os pesquisadores, o alimento obtido pelas folhas subterrâneas é importante para a P.minensis, já que ela vive em solo pobre em nutrientes.
 








Livro de fotografia revela riqueza do Jardim Botânico de São Paulo


Com fotos de Juan Esteves e textos de Maria Guimarães, o livro mostra a infinidade de espécies do parque

por Anderson Estevan


Você conhece o Jardim Botânico de São Paulo? Toda a beleza deste parque localizado no meio de uma reserva de Mata Atlântica em plena zona sul paulistana está retratada em Jardim Botânico de São Paulo(Editora Terceiro Nome, R$ 92), novo livro do fotógrafo Juan Esteves e da bióloga Maria Guimarães.
Um misto de imagens e textos sobre a reserva, distribuidos por 200 páginas, o livro é um convite a exploração desse espaço de lazer. Esteves é responsável pelas imagens, enquanto Maria é autora dos textos que acompanham as fotos.
Fundado em 1928, o lugar abriga uma infinidade de espécies vegetais que se desenvolvem próximos da nascente de um dos córregos que dão origem ao histórico riacho do Ipiranga, o Pirarungáua. O parque faz parte do Instituto de Botânica, um importante centro de pesquisa dedicado ao mundo das plantas.

 







Briófitas

Briófitas



Características das briófitas

Briófitas (do grego: bryon = musgo; phyton = planta).

As briófitas compreendem os vegetais terrestres morfologicamente mais simples, possuindo clorifilas "a" e "b". Conhecidas popularmente como "musgos" (filo
 Bryophyta) , "antoceros" (filoAnthocerophyta) ou "hepáticas" (filo Hepatophyta), ocupam caracteristicamente ambientes úmidos (adaptação à falta de vasos condutores), por serem dependentes da água para a fecundação, no deslocamento de anterozóides flagelados até a oosfera. Algumas porém, são resistentes à falta de água, podendo o gametófito sobreviver por meses de sêca (por exemplo, nos desertos). Assim como os liquens, são colonizadoras de rochas e também sensíveis à poluição, funcionando como bio-indicadoras.

Atualmente, considera-se que as briófitas representam um grupo de transição entre as algas verde (carófitas) e as plantas vasculares; tais algas apresentam, como as plantas, cloroplastos com grana bem desenvolvidos e células móveis assimétricas, com flagelos laterais; além disso, na ordem
 Coleochaetales, os zigotos ficam retidos dentro do talo parental e, ao menos uma espécie, apresenta células de transferência, como as plantas. As briófitas se distinguem das carófitas, por algumas características como: presença de gametângios masculino e feminino (anterídio e arquegônio) e esporângios revestidos por uma camada protetora de células estéreis, embrião desenvolvendo-se no interior do arquegônio e esporos contendo esporopolenina, entre outras. 

As briófitas apresentam alternância de gerações entre gametófto ramificado fotossintetizante (independente) e esporófito não ramificado (dependente, ao menos em parte, do gametófito). O espórófito (2n), resultante da união de dois gametas (n), origina, após ocorrência de meiose (R!) no tecido esporógeno, esporos haplóides (n). Esses, por sua vez, ao serem liberados das cápsulas e encontrarem substrato adequado, germinam, originando novos gametófitos (n).

Os antóceros e muitas hepáticas são talóides, isto é, seus gametófitos são geralmente achatados e dicotomicamente ramificados, formando talos (corpos indiferenciados, não formando raízes, folhas ou caules). Esses talos são frequentemente delgados, facilitando a absorção de CO2. Alguns representantes, como o gênero Marchantia (uma hepática) possuem adaptações (no caso, poros superficiais) para aumentar a permeabilidade desse gás.
 Marchanthia apresenta, além de anterídios e arquegônios, conceptáculos com estruturas germinativas, chamadas gemas, que podem originar novas plantas.

Os gametófitos dos representantes do Filo
 Bryophyta são formados por rizóides, filóides e caulóides e podem ser talosos (quando não se distingue o filóide do caulóide) ou folhosos. Alguns autores admitem uso dos termos "folhas" e "caule", em referência aos caulóides e filóides de algumas hepáticas folhosas e musgos pois, apesar de ocorrerem na geração gametofítica e não possuírem vasos condutores, alguns de seus representantes contêm fileiras de células localizadas centralmente, as quais parecem ter função de condução. Já os rízóides possuem apenas função de fixação. Os musgos, em particular, possuem tricomas e outras adaptações que contribuem para o transporte de água externa e sua absorção pelas folhas e caules. Além disso, elas também abrigam fungos e cianobactérias que podem auxiliar na obtenção de nutrientes.

No ápice dos gametófitos surgem os arquegônios, onde se diferenciam o gameta feminino (oosfera) e os anterídios, onde se diferenciam gametas masculinos (anteozóides).

O zigoto germina sobre a planta-mãe e o esporófito resultante permanece ligado a ela por toda a vida.

Essas plantas não possuem xilema e floema; embora alguns representantes possuam células condutoras especializadas, estas não são lignificadas, como as das plantas vasculares.

Os esporófitos nunca são ramificados e, na maioria das briófitas, são constituídos de pé, seta e cápsula. São divididos em:

·      Pé: imerso, através da placenta, no arquegônio do gametófito; é responsável pela absorção de substâncias que irão nutrir o esporófito;
·      Seta: sustenta a cápsula
·      Cápsula: esporângio contendo grande quantidade de esporos; no Filo Bryophyta, pode estar parcial ou totalmente coberta pela caliptra, que é formada por restos de tecido do arquegônio e fornece uma proteção adicional.

Anatomia de Briófitas

As células das briófitas são interligadas por plasmodesmos, semelhantes aos das plantas vasculares, ou seja, possuem um desmotúbulo, derivado de um segmento tubular do retículo endoplasmático, o qual fica retido entre as placas celulares em formação, durante a citocinese. Como as células das plantas vasculares, também apresentam muitos plastídios pequenos e discóides. De outro modo, as células apicais e as reprodutivas apresentam um único grande plastídio. Os pesquisadores acreditam que esta última seja uma característica herdada de algas verdes ancestrais.

Reprodução

As únicas células flageladas das briófitas são os anterozóides (gametas masculinos flagelados), que se encontram dentro de uma estrutura presente no gametófito (geralmente exclusivamente masculino), o anterídio. Essa estrutura é esférica ou alongada, geralmente pedunculada, e composta de uma camada externa de células estéreis que envolvem as células espermatógenas. Os anterozóides necessitam de água para alcançar a oosfera, o gameta feminino, localizado na porção basal de uma estrutura em forma de garrafa, arquegônio, que está localizada no gametófito (geralmente exclusivamente feminino). Quando a oosfera amadurece, ocorre uma desintegração das células centrais na parte anterior do arquegônio, o colo (células do canal do colo), resultando num tubo preenchido com um líquido, através do qual o anterozóide poderá nadar até a oosfera, atraído por certas substâncias.

O zigoto, assim formado, permanece no arquegônio, sendo nutrido por açúcares, aminoácidos e outras substâncias, provenientes do gametófito feminino. Após sucessivas divisões, forma-se o embrião, que irá originar o esporófito (geração esporofítica). Como não existem plasmodesmos (conecções intra-celulares) ligando as duas gerações, o transporte de substâncias é feito via apoplasto (pelos espaços inter-celulares) e a existência de uma placenta o facilita. Esta placenta é composta por células de transferência, que formam um grande emaranhado intrusivo altamente ramificado, o que aumenta bastante a área de absorção da membrana plasmática, através da qual o transporte ativo de nutrientes ocorre.
 

Fonte: Universidade Santa Cecília